Não sei explicar o que estou sentindo, não consigo explicar. É algo que gela e esquenta o corpo ao mesmo tempo junto com a sensação de que seu mundo acabou. Daí que eu sabia que seria assim, mas eu preferi me basear nas coisas que aconteceram antes do "término" do relacionamento e tudo mais. Eu só achei que, sendo sincera com você, você também seria comigo, mas não foi o que aconteceu. Não sou dessas que para de falar com as pessoas do nada. Sou dessas que chega, olha na cara da pessoa e diz porque não quer mais papo, vira as costas e sai. Gostaria que as pessoas fossem assim comigo. Pena que não são. E a única coisa que eu consigo pensar agora é em um motivo pra tudo isso. Mas eu não encontro, e não consigo entender o que aconteceu. E não tá sendo fácil isso não!

Nota:
Eu achei que você não tinha visto a minha mensagem, ou não tivesse tempo pra responder. Mas, agora eu sei, não respondeu porque não quis.
E que seja feita a sua vontade!

Não sei como foi, ou ainda é, a vida escolar de vocês. Mas pra mim, foi algo que sempre foi muito cobrado, mas muito mesmo.

Pra minha mãe, estudo é essencial na vida de uma pessoa e conhecimento nunca é demais, e eu passei a minha infância e adolescência toda ouvindo isso e ainda ouço como se tivesse 10 anos. Por isso que eu era, fui e acho que ainda sou, daquelas alunas chatas que enchem o saco dos professores e que sempre foi o terror da sala por ir a reposições de aulas. E agora, acabou ensino básico.

Fiz dois cursos técnicos. O primeiro foi pra confirmar se eu passaria o resto da minha vida na área que eu trabalhava no momento, e ele serviu pra eu perceber que eu não queria mais aquilo pra minha vida de jeito nenhum. No segundo, eu meio que me encontrei, e meio que decidi o que eu quero pra mim, pro resto da minha vida. Pronto, já posso ir pra faculdade.

Daí que o curso que quero (porque eu ainda vou) ficou inviável no momento. Escolhi outro curso, tentarei. Prestei o vestibular, não passei. Frustração. Porque foi a primeira vez que eu não passei em algo que eu queria, e eu queria muito, por mim e por ela. Eu fiquei triste, ela ficou mais do que eu. E eu sei que ela ficou.

Fiquei seis meses só trabalhando. Os piores seis meses. Não ter algo fixo pra ocupar a minha cabeça é triste. Mas estudei um pouquinho, não tanto quanto deveria e fui prestar o vestibular denovo.

Passei. Dei pulos de felicidade. E ela também. Porque o sonho dela era que a filha estudasse e tivesse um futuro diferente do dela. E assim vai ser, do jeito que ela quis, e que acabou virando um sonho meu.

Amanhã começam minhas aulas. Estou nervosa tanto quanto eu ficava quando terminava o ano no primário e eu não sabia quem seriam meus companheiros de sala do ano seguinte. E o sonho dela, que virou meu, está tomando forma, está tomando rumo.

E agora, é só terminar a facul e ir morar no Sul.